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quinta-feira, 28 de julho de 2016

ESCÂNDALO EM TOMAZINA: Operação investiga desvio de recursos destinados a obras de recuperação após enchentes


A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram na manhã desta quinta-feira (28/07) a Operação Ilusionista, que investiga desvios de verba destinada ao auxilio de municípios atingidos pelas enchentes no Norte Pioneiro do Paraná.

Segundo informações do MPF, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Curitiba, Rio Branco do Sul e Itaperuçu, na região metropolitana. Dentre os alvos destes mandados estão um assessor jurídico e empresários contratados para execução de obras de recomposição após as enchentes que afetaram Tomazina em 2010.

De acordo com o pedido do Ministério Público Federal, a investigação detectou indícios de fraudes na execução de convênios federais firmados entre o município de Tomazina e a Secretaria Nacional de Defesa Civil, a Sedec, do Ministério da Integração Nacional, objetivando a reconstrução e recuperação de unidades habitacionais, estradas rurais, vias urbanas e pontes afetadas pelas fortes chuvas que atingiram a cidade no início de 2010.

As investigações apontaram que, por intermédio dos convênios, entre 2010 e 2012 a União repassou um total aproximado de R$ 3.790.000,00 para o município de Tomazina que, para a execução das obras, contratou sem licitação três empresas da região de Rio Branco do Sul, distante mais de 300 km do local dos fatos.

A investigação apontou indícios de direcionamento na contratação direta e desvios de recursos públicos em prol do assessor jurídico do município, que seria o principal responsável pelas contratações.

A partir da quebra de sigilo bancário, foram identificados inúmeros depósitos feitos entre 2012 e 2014 que totalizaram o valor de R$ 177.129,65. Esses depósitos foram realizados na conta bancária do assessor jurídico investigado por uma das empresas contratadas diretamente sem licitação. Além disso, a quebra de sigilo de dados telefônicos demonstrou contato intenso entre o agente do município e um dos empreiteiros investigados.

A decisão que decretou as buscas também se fundamentou em auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo trecho da decisão do juiz federal Rogerio Cangussu, da Vara Federal de Jacarezinho, a controladoria “apontou várias irregularidades. Dentre elas, ausência de apresentação de certificado de capacidade técnica da empresa. A própria prefeitura informou que não exigiu o certificado de capacidade técnica no edital. Falta de comprovação de capital social de pelo menos 10% do valor dos serviços. E, finalmente, data de conclusão após o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade (lei 8.666/93, art. 24, IV)”.

Caso sejam indiciados e denunciados, os investigados poderão responder pelos crimes de dispensa indevida de licitação e corrupção ativa e passiva, cujas penas máximas ultrapassam doze anos de reclusão.
-Com informações da Rádio CBN de Curitiba

Um comentário:

  1. Que se investigue e que se pune se algo estiver fora da lei! Assim como queremos respostas, também damos o direito de defesa daqueles que ADM a nossa querida Tomazina, e mais uma vez estamos contagiados de tanta ansiedade para que tudo se esclareça! Queremos mais transparência nas contas públicas! Queremos tudo a limpo! O Povo em geral necessita de um país melhor e de uma ADM mais justa que olhe e faça o que necessitamos!

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