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sexta-feira, 26 de abril de 2019

O ESQUECIMENTO DE GRANDES NOMES QUE PASSARAM PELO NORTE PIONEIRO


O Norte Pioneiro do Paraná foi uma região muito rica em Carvão Combustível. 

Nos anos 30/40 destacou-se, nesta região do estado, o maior especialista neste tipo de minério no país, o Dr. Antônio Tavares Leite. 

O engenheiro estudou nos melhores centros de referência no Brasil e Estados Unidos. Visitou grandes parques industriais na Alemanha, França, Bélgica, Portugal e Suiça. 

Era recebido pelas maiores autoridades do estado do Paraná e pelo governo federal. 

Dirigiu a Cia de Mineração São Paulo Paraná que pertencia ao grupo do maior industrial da época, Henrique Lage. 

Neste período adquiriu grandes glebas de terras no norte Paranaense. 

Cidades como Siqueira Campos e Barbosa, Salto de Itararé e outras próximas, possuem ainda inalteradas nos registros de imóveis. 

Antônio Tavares Leite faleceu em 1944 e hoje sua única filha viva, Margarida Spada Tavares Leite, luta para preservar a memória do seu pai, tanto em seus feitos pelo Brasil, quanto pela recuperação de seus bens imóveis em todo o estado do Paraná. 

A memória do seu pai, filho do Barão de Tavares Leite, nascido em 1887 em Jaguarão-RS, parece ter sido apagada propositalmente desta parte do estado. 

Segundo sua filha Margarida, as muitas terras de seus pai, pode ser o motivo de tanta omissão de seu nome na história. 

Muitas destas terras hoje são exploradas por pessoas e empresas da região, de forma ilegal, pois as propriedades continuam inalteradas, pelo menos nos cartórios. 

Como seu pai faleceu novo, quase nada ele conseguiu vender. Seu inventário está sendo concluído e estas propriedades estão sendo cuidadosamente catalogadas. 

Margarida recebeu com muita surpresa a informação, amplamente divulgada em diversos sites do Paraná, de que a prefeitura de Tomazina estava desapropriando o Salto Cavalcante de uma empresa de celulose. 

Informa ainda que todo o entorno desta região pertence ao seu saudoso pai, ao todo o Salto é cercado por 9 propriedades e que 7 destas estão em nome do seu pai e duas em nome da empresa que ele presidia, e que sendo ele herdeiro destas duas se vendidas estas foram, a família foi lesada pelo comprador e vendedor. 

Ela aguarda ansiosa que tanto o prefeito de Tomazina, quanto à tal empresa que supostamente estaria sendo desapropriada do Salto Cavalcante, apresente documentos comprobatórios que demonstrem claramente como obtiveram o direito às tais propriedades. E ressalta que a memória do seu pai, não pode ser manchada por ações pouco claras juridicamente. 

Seu pai em sua vida fez muito pelo Paraná e o que o Paraná fez por seu grande nome na história?
-Com informações de Carlos Vermelho

terça-feira, 16 de abril de 2019

CONHEÇA UM POUCO DE ANTÔNIO TAVARES LEITE

Uma da personalidades mais destacadas do país, o Engenheiro Antônio Tavares Leite foi o principal responsável pela pesquisa, exploração e desenvolvimento do Carvão Nacional em escala industrial. 


O filho do Barão de Tavares Leite e casado em segundas núpcias com Amália Tavares Leite, adquiriu inúmeras glebas de terras, principalmente em Tomazina, Siqueira Campos, Wenceslau Braz, Salto do Itararé e outros municipios da região. 

Suas muitas terras foram adquiridas entre 1925 e 1940, no verdadeiro auge do Carvão Nacional. 

Com seu falecimento em 1944, já residindo com a esposa no Rio de Janeiro, houve uma dificuldade de localizar seus bens para o inventário. Muitos dos quais adquiridos no Estado e que chegam perto de 5 milhões de M2 nesta região do Médio Paraná. 

Este ilustre, que muitos da região desconhecem, deixou para sua descendência os bens que hoje vem sendo requisitados. 

Para alguns isto será uma decepção, pois hoje ocupam indevidamente estas áreas, que já tinham como suas.

  Histórias da Região do Médio Paraná 
 Pesquisa: Carlos Vermelho

sábado, 13 de abril de 2019

CASO SALTO CAVALCANTE: PREFEITO PODE COLOCAR JUSTIÇA SOB SUSPEITA


A ação do prefeito Flávio Zanrosso em desapropriar o Salto Cavalcante,  pode colocar a justiça de Tomazina sob suspeita, a tentativa de fazer esta desapropriação é oportuna, beneficia a população, mas precisa ser feita de modo correto e dentro da legalidade. 

As vezes a política ultrapassa a justiça, criando sérios problemas para o judiciário, colocando o juiz da cidade como o vilão. 

Fato é que não se pode desapropriar bens de um espólio sem que haja ressarcimento pela subtração de bens. 

Um outro fato importante diz respeito à comprovação da demarcação da área. 

Um georeferenciamento teria que ser apresentado para que mostrasse claramente que a área não subtrai, total ou parte, da área dos demais confrontantes.

  Existe meios legais de se criar atrativos para a cidade, o prefeito poderá fazer isto sem prejudicar moralmente o judiciário, deixando a população com a certeza que pode confiar no seu chefe do executivo. 

Esta ação cria insegurança para todos em Tomazina, pois não saberão quem poderá ser o próximo da lista a ter seus bens subtraídos. - Com Carlos Vermelho, 
pesquisador de histórias e documentos.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

SALTO CAVALCANTE PODE SE TONAR UM PESADELO

FLÁVIO QUER  TRANSFORMAR O 
LOCAL EM PARQUE
O Juiz da Comarca de Tomazina, Oto Luiz Sponholz Junior, expediu nesta segunda-feira (8), imissão prévia de desapropriação de uma área de 31, 074, 72 metros quadrados na Fazenda Faxinal no município de Tomazina, local que abriga um dos mais importantes patrimônios ecológicos do Norte Pioneiro, o Salto Cavalcante.

Para entendermos esta questão teremos que voltar no tempo, quando chegou à região o Dr. engenheiro Antonio Tavares Leite, filho do Barão de Tavares leite. 


Este engenheiro foi uma pessoa muito importante para a história do Brasil, foi quem desenvolveu a exploração de carvão mineral numa época que não existia petróleo. 

Para este finalidade, adquiriu inúmeras glebas de terra, fazendas e pequenas áreas que foram incorporadas ao seu patrimônio. 

Faleceu precocemente em 1944, em decorrência de problemas causados pela exposição ao carvão. 

Seus bens, desde então, entraram em inventário, pelos seus descendentes que residiam no Rio de janeiro, nesta época. 

A dificuldade de informações neste período foi como um sepulcro, que obstruiu o acesso da família, de longe, o acesso a estes bens. 

Até a decretação da Lei de Acesso à Informação, em 2011 seria impossível esta descoberta, fato que é comum em todo o país. 

Diante da descoberta e da proximidade do término deste inventário , por parte de sua única filha viva estes bens estão sendo arrolados no rol dos bens do espólio. 

As cidade de Tomazina e Siqueira Campos possuem a maior parte destes bens. 
Para a surpresa da família do falecido Dr. Antonio Tavares Leite, que informou ao prefeito de Tomazina todas as áreas com as matrículas existentes nos registros de imóveis. 

A cidade e região comemoram um “feito” do Prefeito Flávio, mas desconhecem as reais complicações que uma imissão prévia de
desapropriação, sobre uma área arrolada em um inventário(corre em segredo de justiça), sem indenização ao espólio pode levar os cofres públicos à ruína. Bem como levar o chefe do executivo à uma ação judicial.

No entendimento de vários casos idênticos pelo STF vejamos como julgam:

“O STF registra precedente no sentido de que “considera-se justa a indenização cuja importância habilita o expropriado a adquirir outro bem equivalente ao que perdeu para o poder público, ou seja, equivalente ao valor que o expropriado obteria se o imóvel estivesse à venda.”

O poder público de Tomazina pode estar comprando uma briga por puro oportunismo e numa época em que o governo federal sinaliza que irá proteger a propriedade de seus reais possuidores. 


A família do real proprietário torce para uma solução e que nela a população da cidade não seja levada a apoiar uma medida, que possa futuramente vir a se tornar um pesadelo, pela ação equivocada do poder público, este que deveria zelar pela propriedade privada ou proceder a devida reparação, por um bem que seja de seu interesse para servir à população. 

Uma explanação da situação para toda a população neste momento parece ser a melhor alternativa, para que esta apóie ou não a ação do poder público, com transparência e expondo os seus riscos. Inclusive para o poder judiciário, que pode ter sido induzido a julgar sem o devido conhecimento da causa, que já era bem conhecida pelo executivo municipal e de seus apoiadores na esfera estadual e federal, pois como foi publicado numa reportagem, houve a participação de autoridades destas esferas do poder executivo.

A pergunta que fica: E se fosse a sua família a ser expropriada de seus bens? Você apoiaria este ato?
- Com informações de Antônio Carlos Vermelho
Pesquisador Documental



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